domingo, 3 de junho de 2012


Poemas 


As estações do ano 

A primavera gosto de sentir
Cheirar e ver a florir
Gosto do perfume do ar
E dos pássaros a cantar 


Gosto do Verão
Do calor da praia 
Porque posso andar de calção
E saia !


O Outono é o mais engraçado 
Veste - se de amarelo, laranja e tem um toque avermelhado 
As árvores começam a despir-se 
E o calor a sentir-se 


Do inverno não gosto tanto
Não há pássaros a voar
Nem a cantar 
Só há neve para alegrar 


Entretanto voltamos ao inicio 
Com as estações outra vez 
Mas tenham calma com isso 
Gosto de todas vocês


A menina do poemas









É primavera e talvez seja por isso 
que o dia já nasceu sorrindo à toa,
a alvorada fez o sol antes da hora 
e a campina se reveste de arco-íris.


E no verão, o sol que já nascia tão bonito
se faz mais forte em um céu branco e azulado,
convidando todo o mundo a desnudar-se
e a banhar-se em branca espuma lá do mar.


No outono, o sol já não se faz tão destemido
é tempo de trabalho, é tempo de colheita, 
nos arvoredos, o zum-zum das andorinhas
e a fragrância de alfazema pelos ares.


E por ultimo, o inverno é mais cruel, 
Vem a chuva, se faz forte e derradeira, 
a branquilha neve se amontoa no telhado, 
e o frio intenso faz a vida se esconder. 


Doroni Hilgenberg     




Meses do ano 

Em Janeiro é o salto de um carneiro,
em Fevereiro quente trás o diabo no ventre,
em Março corre a água em qualquer ribeiro
e em Abril água miudinha se concentre...

Em Maio a mater natura é florido manto,
em Junho tão grande o dia como a romaria,
em Julho as boas colheitas lavam o pranto
e em Agosto o luar uma magia pura cria...

Em setembro as uvas ficam prontas a colher,
em Outubro faz-se o nectar dos deuses,
em Novembro é tempo de ao aconchego recolher
e em Dezembro tudo se ilumina com mil luzes!




Maria


A Infância  

Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o 'humour'?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.




Carlos Drummond de Andrade

 
Passa lento o tempo da escola e a sua angustia 
com esperas, com infinitas e monótonas matérias. 
Oh solidão, oh perda de tempo tão pesada...
E então, à saída, as ruas cintilam e ressoam
e nas praças as fontes jorram, 
e nos jardins é tao vasto o mundo.
E atravessar tudo isto em calçoes, 
diferente de como os outros vão e foram:
Oh tempo estranho, oh perda de tempo,
oh solidão.

E olhar tudo isto à distância:
homens e mulheres;homens, homens, mulheres
e crianças, tão diferentes e coloridas;
e então uma casa, e de vez em quando um cão
e o medo surdo trocando-se pela confiança:
Oh tristeza sem sentido, oh sonho, oh medo,
Oh infindável abismo.  

E então jogar: à bola e ao arco,
num jardim que manso se desvanece
e por vezes tropeçar nos crescidos, 
cego e embrutecido na pressa de correr e agarrar,
mas ao entardecer, com pequenos passos tímidos,
voltar silencioso a casa, a mão agarrada com força:
Oh compreensão cada vez mais fugaz, 
Oh angustia, oh fardo!

E longas horas, junto ao grande tanque cizento, 
ajoelhar-se com um barquinho à vela;
esquecê-lo, porque com iguais 
e mais lindas velas outros ainda percorrem os círculos,
e ter de pensar no pequeno rosto
pálido que no tanque parecia afogar-se:
Oh infância, oh fugazes semelhanças.
Para onde ? Para onde?


Maria João Costa Pereira  

As cores 

 
O arco-íris
O arco-íris
que brota do chão
sete cores o enfeitam
parece pintado à mão.

O arco-íris
será um dia 
um grande escorregador 
de alegria.

O arco-íris
não há mais nada a dizer
além de um sonho
o que mais pode ser!











Clarice Pacheco

    





Caderno de Poesias 



Caderno de poesias
é um belo lugar.
Tantas coisas lindas
que eu gostaria de falar.
Eu falo em forma de versos
para todos poderem escutar.
Agora você já sabe
porque os poetas passam os dias
escrevendo em seus cadernos de poesias.






Clarice Pacheco













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