Poemas
As estações do ano
A primavera gosto de sentir
Cheirar e ver a florir
Gosto do perfume do ar
E dos pássaros a cantar
Gosto do Verão
Do calor da praia
Porque posso andar de calção
E saia !
O Outono é o mais engraçado
Veste - se de amarelo, laranja e tem um toque avermelhado
As árvores começam a despir-se
E o calor a sentir-se
Do inverno não gosto tanto
Não há pássaros a voar
Nem a cantar
Só há neve para alegrar
Entretanto voltamos ao inicio
Com as estações outra vez
Mas tenham calma com isso
Gosto de todas vocês
A menina do poemas
É primavera e talvez seja por isso
que o dia já nasceu sorrindo à toa,
a alvorada fez o sol antes da hora
e a campina se reveste de arco-íris.
E no verão, o sol que já nascia tão bonito
se faz mais forte em um céu branco e azulado,
convidando todo o mundo a desnudar-se
e a banhar-se em branca espuma lá do mar.
No outono, o sol já não se faz tão destemido
é tempo de trabalho, é tempo de colheita,
nos arvoredos, o zum-zum das andorinhas
e a fragrância de alfazema pelos ares.
E por ultimo, o inverno é mais cruel,
Vem a chuva, se faz forte e derradeira,
a branquilha neve se amontoa no telhado,
e o frio intenso faz a vida se esconder.
Doroni Hilgenberg
Meses do ano
Em Janeiro é o salto de um carneiro,
em Fevereiro quente trás o diabo no ventre,
em Março corre a água em qualquer ribeiro
e em Abril água miudinha se concentre...
Em Maio a mater natura é florido manto,
em Junho tão grande o dia como a romaria,
em Julho as boas colheitas lavam o pranto
e em Agosto o luar uma magia pura cria...
Em setembro as uvas ficam prontas a colher,
em Outubro faz-se o nectar dos deuses,
em Novembro é tempo de ao aconchego recolher
e em Dezembro tudo se ilumina com mil luzes!
Maria
A Infância
Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o 'humour'?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o 'humour'?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
Carlos
Drummond de Andrade
Passa lento o tempo da escola e a sua angustia
com esperas, com infinitas e monótonas matérias.
Oh solidão, oh perda de tempo tão pesada...
E então, à saída, as ruas cintilam e ressoam
e nas praças as fontes jorram,
e nos jardins é tao vasto o mundo.
E atravessar tudo isto em calçoes,
diferente de como os outros vão e foram:
Oh tempo estranho, oh perda de tempo,
oh solidão.
homens e mulheres;homens, homens, mulheres
e crianças, tão diferentes e coloridas;
e então uma casa, e de vez em quando um cão
e o medo surdo trocando-se pela confiança:
Oh tristeza sem sentido, oh sonho, oh medo,
Oh infindável abismo.
E então jogar: à bola e ao arco,
num jardim que manso se desvanece
e por vezes tropeçar nos crescidos,
cego e embrutecido na pressa de correr e agarrar,
mas ao entardecer, com pequenos passos tímidos,
voltar silencioso a casa, a mão agarrada com força:
Oh compreensão cada vez mais fugaz,
Oh angustia, oh fardo!
E longas horas, junto ao grande tanque cizento,
ajoelhar-se com um barquinho à vela;
esquecê-lo, porque com iguais
e mais lindas velas outros ainda percorrem os círculos,
e ter de pensar no pequeno rosto
pálido que no tanque parecia afogar-se:
Oh infância, oh fugazes semelhanças.
Para onde ? Para onde?
Maria João Costa Pereira
As cores
O
arco-íris
O arco-íris
que brota do chão
sete cores o enfeitam
parece pintado à mão.
O arco-íris
será um dia
um grande escorregador
de alegria.
O arco-íris
não há mais nada a dizer
além de um sonho
o que mais pode ser!
O arco-íris
que brota do chão
sete cores o enfeitam
parece pintado à mão.
O arco-íris
será um dia
um grande escorregador
de alegria.
O arco-íris
não há mais nada a dizer
além de um sonho
o que mais pode ser!
Clarice Pacheco
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